sexta-feira, 10 de junho de 2011

Desenvolvimento sustentável

Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações tendo como principais objetivos a qualidade em vez de quantidade, a redução do uso de matérias-primas e produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem.

O crescimento da população mundial tem provocado fortes pressões no meio ambiente proporcionando um decréscimo na quantidade e na qualidade dos recursos florestais contribuindo desta forma, para o interesse de novos recursos vegetais como é o caso da utilização do bambu. Dessa forma o bambu foi redescoberto como recurso de baixo custo, renovável e não poluente.

Nesse contexto, em que o desenvolvimento sustentável não é mais uma opção, e sim uma necessidade, o bambu pode ser utilizado abundantemente e substituir muitos materiais na fabricação de vários produtos devido ao menor tempo de crescimento e ser um regenerador ambiental.

O bambu é considerado um “ seqüestrador” de carbono atmosférico, sendo uma cultura predominantemente tropical, renovável e perene, ou seja, sem a necessidade de replantio de produção anual e de rápido crescimento o que o torna apto no desenvolvimento sustentável, pois protege o meio ambiente e é menos poluente. É uma planta robusta, que fabrica seus próprios componentes antibacterianos e se desenvolve muito bem sem pesticidas. 

Suas fibras porosas podem produzir tecidos que respiram e são tão macios como seda. Pode ser utilizado também como combustível e papel. Estudos recentes apontam que o álcool etanol pode ser retirado do bambu e que o carvão de bambu é de excelente qualidade. No caso do papel de bambu, pode-se afirmar que tem a mesma qualidade que o papel de madeira. O Brasil é o único país das Américas a ter uma indústria de papel de bambu no Estado do Maranhão.

Naturalmente, o bambu é uma planta com características auto-sustentáveis, sendo capaz de regenerar após o corte, podendo viver até cem anos e, sendo feito o tratamento adequado, pode se tornar um material durável por muitas gerações. Uma matéria prima renovável, de baixo custo, com diversas possibilidades de uso, o bambu cada vez mais vem sendo utilizado na conservação ambiental.

A versatilidade, possibilidades, estratégias e soluções convencionais em diversos segmentos que o bambu tem criado em todo o mundo, tornam-se fatores de integração social que não agridem o meio ambiente, consolidando cada vez mais a sua capacidade de reduzir as desigualdades sociais. 

As características do bambu enquanto planta, suas notáveis propriedades como material e suas atuais aplicações no mundo indicam uma gama de utilização com potencial para atender um desenvolvimento que proporcione maior equidade social, melhoria ao meio ambiente, aumento da qualidade de vida e geração de renda. Sendo assim conclui-se que o 
uso do bambu pode ser bastante eficaz no desenvolvimento sustentável.


sexta-feira, 27 de maio de 2011

Historia do Bambu

Bambu é o nome que dá a todas as plantas da sub-família Bambusoidae . Esta sub-família faz parte da família das gramíneas (Poaceae ou Gramínea), ou seja, é da mesma família que a grama, o trigo e o arroz.



No mundo existe mais de 1200 espécies espalhadas pela Ásia, Oceania, África e Américas. O único continente onde o bambu não ocorre naturalmente é o europeu. Depois da Ásia, a América do Sul é o continente com maior número de espécies nativas (cerca de 450). No Brasil já foram identificadas cerca de 200 espécies nativas de bambu, que ocorrem no norte e sul do país.



Os portugueses que vinham dos territórios coloniais da Ásia e mais tarde os imigrantes chineses e japoneses que vieram trabalhar no ciclo do café trouxeram muitas espécies asiáticas de bambu para o Brasil. É por este motivo que encontramos tantas moitas de bambus asiáticos em todo o país.


Curiosidades





Em 1906, o brasileiro, Alberto Santos Dumont (1873-1932), conseguiu voar, realizando assim uma das maiores proezas até hoje alcançadas pelo homem. O “ pai da aviação” declarou em Paris que a estrutura de seu avião 14 – bis era de bambu, com juntas de alumínio.











Nas primeiras bobinas elétricas, Thomas A. Edson (inventor) utilizou filamentos carbonizados de bambu.















O Taj Mahal, considerado uma das mais perfeitas jóias da arte mulçumana na Índia, construído em mármore branco e rodeado de maravilhosos e elaborados jardins, teve sua cúpula feita em bambu.


Artesanato em Bambu.

sábado, 16 de abril de 2011

Bambu, madeira do futuro.

"Belo, leve e renovável, ele tem tudo para se firmar como alternativa à madeira e contribuir para uma arquitetura mais sustentável"


Há milênios, esse material dá forma a casas tradicionais em países como o Japão e a China. Nos últimos anos, pesquisas na construção civil avalizaram sua resistência e durabilidade. Arquitetos do mundo todo redescobriram o bambu e passaram a usá-lo em modernas obras públicas.
A necessidade de repensar o consumo de materiais na construção para torná-la mais sustentável do ponto de vista ambiental atrai olhares para a exploração de novas alternativas. E o caso do bambu, visto como a promessa para este século. Pesquisador desse recurso há cerca de 30 anos, o professor Khosrow Ghavami, do Departamento de Engenharia Civil da PUC-RJ, não tem duvidas sobre seu potencial.
"Estudei 14 espécies e três delas, em especial, tem mais de 10 cm de diâmetro e são excelentes para a construção", diz ele, referindo-se ao guadua (Guadua angustifolia), ao bambu-gigante(Dendrocalamus giganteus) e ao bambu-mossô (Phyllostachys pubescens). Todos são encontrados no Brasil, onde existem grandes florestas inexploradas de várias espécies. No Acre, por exemplo, os bambuzais cobrem 38% do estado.
De crescimento rápido (em três anos, esta pronta para o corte), essa gramínea gigante chama a atenção, a principio, pela beleza. Mas sua resistência também surpreende: de frágil, ela não tem nada. "Sua compressão, sua flexão e sua tração ja foram amplamente testadas e aprovadas em laboratório", afirma Marco Antônio Pereira, professor do Departamento de Engenharia Mecânica da Unesp, em Bauru, que mora ha dez anos numa casa de bambu.
O arquiteto Edoardo Aranha, pesquisador da Unicamp, faz coro: "Se tratado adequadamente, ele apresenta durabilidade superior a 25 anos, equivalente a do eucalipto, por exemplo", afirma. Ele se refere aos tratamentos químicos para remover pragas como brocas e carunchos (cupins não se interessam pelo bambu).
Além do autoclave, outro procedimento comum chama-se boucherie, em que a seiva e substituída por um composto formado de cloro, bromo e boro. Submergir as varas em água durante 20 dias também produz bons resultados, segundo o pesquisador.
PROJETOS PELO MUNDOFora do Brasil, alguns arquitetos tem apostado no bambu em projetos públicos de traços marcantes, que conciliam natureza e tecnologia num contraste agradável ao olhar. Em Leipzig, na Alemanha, a fachada do novo estacionamento do zoológico municipal foi construída com varas de bambu presas em cintas de aço.
Perto de Madri, na Espanha, o Aeroporto Internacional de Barajas surpreende os usuários com seu enorme forro, que torna leve o visual da estrutura de concreto e aço. Em locais como esse, de uso intenso, a opção pelo material e resultado da confiança na sua durabilidade e resistência, já que manutenções freqüentes não seriam bem-vindas. Graças a tratamentos químicos, o amido e retirado, inibindo pragas que poderiam comprometer as varas. Em áreas externas, os produtores recomendam aplicar verniz naval para proteger do calor, do frio e da chuva.
Alemanha O fechamento deste estacionamento em Leipzig, inaugurado em 2004, foi todo feito com bambu (Veja a foto na abertura da reportagem). Segundo os arquitetos do escritório alemão HPP Hentrich-Petschnigg & Partner KG, a opção não teve nada de experimental: baseou-se em pesquisas que pipocaram na Europa depois da Expo 2000 em Hannover, onde o pavilhão colombiano, desenhado pelo arquiteto Simón Vélez, empregou essa matéria-prima.